terça-feira, 2 de agosto de 2011

Escreveu o poeta Santana-Maia Leonardo, no seu livro "Bocage, meu irmão": O CACIQUE Presidente da Câmara da terra, Sou dono do destino desta gente, Dou-lhes emprego, mostro-lhes o dente, Sou o senhor feudal sempre na berra. Ganhar é o mais fácil nesta guerra. O voto é tão barato e felizmente Para o comprar e ser-se presidente Basta só o charme que o poder encerra. Algumas aldrabices, esquemas baços, Muito ajudam a estar sempre na moda Que o poder também tem e cria laços. Cartilha do poder? Eu sei-a toda: Beijos, sorrisos, tachos e abraços. Quanto ao resto, o povo que se fod...! * O CHUCHALISTA Não são carne, nem peixe, os chuchalistas, São vírus parasita do sistema Que tem no compadrio único lema E se propaga célere nas listas. São mestres do disfarce e vigar....., De todas as campanhas são o tema, Poluem um partido, entram no esquema, Conhecem do poder todas as pistas. Exímio defensor do capital, Tem um perfil e pose democrata Quando prega o amor ao social. Ó chuchalista fino e de gravata, Pra pregares aos pobres a moral, Precisas de ter mesmo muita lata! * O ELEITO Do varandim saúda a multidão Que em baixo rejubila coa vitória. Quantas mentiras! Quanta falsa história! O preço pra vencer a eleição. Povo infeliz não vota em quem é são E o voto da vitória vem da escória. Povo infeliz de tão fraca memória De que o poder reflecte a podridão. No poder, como é fácil esquecer Tuas promessas cínicas de esquerda Com que salvaste o coiro de perder. Mas não estranhes, também, que quem não herda O prometido te venha dizer: Raios te partam, mentiroso de merd.....!

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